Recuso-me a crer que fiquei para trás
para ver meu filho perecer e meu corpo se alquebrar
Recuso-me a crer que fui eu quem a este mundo
deitei o filho que um dia eu haveria de enterrar
Recuso-me a crer que por minhas cartas
pequenas e mesquinhas saibam vocês dele
o tão pouco que se sabe
E ele era um anjo celerado um deus
alterado
a consciência pura do amor que para ele
inventei
ainda no meu ventre e por nascido.
Recuso-me a crer que por entre minhas
pernas se fez esse filho
que escreveu esse livro
mas que acima de tudo
me deu a glória de sabê-lo lido.
Não chores Luís, por amor te lêem
e por amor te descrêem e por amor ainda te inventam
e imaginam histórias tais que comigo ririas de tantas
as tuas Catarinas...
Lembra-me só uma coisinha, meu filho...
Qual foi mesmo o ano em que nasceste? 24 ou 25?...
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