Elevo-me para além das laudas e das luas
das odes e odaliscas, para além do além me perco
em lugares que não há quem possa sonhar
mas que te quero dar, hoje e sempre.
Nesse lugar onde o sol e o mar são braços do mesmo corpo
meu, difuso e sombreado sem eira nem beira mas que de lá
parece fazer sentido, sem medo da luz e nem tão pouco de se afogar,
nesse lugar canto a música que em mim se escreve e que aqui
translitero para ti, nesse lugar cresce uma estrela monumental
de olhos abertos que de longe te fita, viva, ainda e sempre,
nesse lugar existe o teu dó, a minha alma e seres que sem
serem de mais do que de luz e sombras se fazem em nós
uma esplendorosa sopa de sons que imagino, tenha acompanhado
a sopa
primordial.
Dessa sopa, quero que comas.
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