.... a loucura continua
como sempre
igual a mim mesma
entre o precipicio e o grito
entre o que em mim não vejo
mas menos ainda vejo nos que me miram e julgam e se crêem
em algum ponto
o que tinham que ser.
Não somos nós e nem o centro e nem o nada
somos a ponte entre o que era para ser Cristo e sua eterna perfeição
de se saber nada
abandonado
abandonado abandonada
Choro por Cristo como sua mãe
não me sento em banco algum de igreja alguma por medo de chorar
até todos os olhos rebentarem
de tanta raiva e cegueira
a cegueira tão cega que de mim louca faz
quando no centro deste já tão longo demais
Império
espraia a estupidez a estupidez a estupidez
Olho-te do alto
energúmeno ser sem pressa de atentar ao outro
que do teu sangue pulsa
da tua raiva chora
da tua covardia imita todos os passos.
Nada vês
e nada nem nunca verás
a tua estupidez obtusa não te permite entender uma linha do que escrevo aqui
(já li isso dez vezes e ainda não percebi nada)
Igual a ti é o mundo
raso dos que não têm como ver para além da escuridão eterna
tão maior agora
do que antes da hora da tua morte.
Ah, como de dentro de mim brota o ódio pela vagem humana
que grita
e esperneia e que sem pernas sempre cai sobre si.
Espero que o orgasmo venha e com ele as águas que me afogam
as lágrimas face à puerilidade dos imbecis
que matam ferem furam agravam incendeiam e escondem.
Escondem-se de si
e na sua malfadada estupidez designam-me
louca.
(Só num asilo e sem data para sair.)
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