enquanto delicadamente calçava a meia
o corpo ondulava
meio onda meio barco
encharcado
do tanto que te vejo refletido
no mar revolto dos meus dedos
anelos beijos que de escuros que são
escorrem
por entre tua língua latinadamente
encharcada
na
minha
no silêncio da bátega de água
que chama ao dilúvio
o pé, de meia calçada
desliza no sapato de salto
alto
e acaso subisse o olhar
por entre pernas
encontraria
intacta a estrela que alumia a procela
e que te traz
de volta ao meu pensar.
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