No terceiro dia que chegou hoje, o sol nasceu igual e as iguanas
deitaram-se espreguiçando-see os homens que trabalham levantaram-se e trabalharam
e a minha alma sobe em direcção ao ponto luz
e alguém
de longe
chora
porque os dias que são sempre iguais um dia não serão mais.
No terceiro dia que chegou hoje, o sol nasceu igual e a vela branca
alumia o rio escuro que teima em
cortar o corredor da casa verde brilhante de tanta gente linda
que ressuscita ao terceiro dia que é hoje, só
para
lambuzar
belezas
alheias
porque o dia que temos hoje poderemos não ter nunca mais.
No terceiro dia que afinal é o quinto, o sol nasceu igual e um corpo
quente e largo enraizado aos pés da cama
alumia o rio escuro que teima em correr pelo meio da casa.
Hoje, que é afinal o quinto dia,
hoje,
um anjo
negro
de azeviche
deita-se sobre o meu corpo tão quente e tão frio
que um dia
será
nunca mais.
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