ninguém pode ser feliz por mais que dois dias (& André Civet "Woman bathing, in the Bath Tub")

nesta casa ninguém pode ser feliz por mais que dois
dias
disseram do alto do telhado vermelho em sangue
talhado
já, da morte que ocorre regularmente de dois em dois
dias
como se o sangue de quem foi morto antes da data
prevista
se colasse colosso ao monstruoso homem que regurgita
ferro
frio
e
ganchos
que encaixa sem pejo nos tornozelos da mulher que dorme
nua
na
banheira
e
não morre
só para mais tarde, de ida vida, voltar, 
para acabar com a praga de sangue cuspida.
Três dias, 
agora, nesta casa, 
pode-se ser feliz 
por três dias.

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