os pássaros de papel tocam o rio da vida que
corre em arrepio pela Índia
e o barco
dos homens
oscila na vibração incerta do lápis lázuli
que desenha a eternidade da oração
as ondas que cortam as veias da vida que
morre em corropio pela alma
marítima
das mulheres
paradas na ebulição insana do rio da vida
que escoa no adejante coração
mas a boca canta da cabeleira da palmeira
que esvoaça morna
e rasa o leito cheio
das crianças boquiabertas
e extasiadas
nas margens alagadas
onde os pés vaporosos da sonora sereia
semeiam semi-colcheias
apanhadas dos bicos da passarada
alada e prima
esquisso
do lápis
lázuli com que se rabisca a essência do
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