Para a tua Pessoa

sempre penso em ti, até em sonhos me apareces.
me apareces de verde e branco, tua voz serena
correndo em debandada atrás das letras
pessoas, amantes, letras e letras
onde vivemos
muito mais do que no passo dado.

Ainda não chegamos no abismo,
me sussurras de longe, e meu ouvido atento
ao teu mais leve murmurar,
pois só assim respiramos em uníssono.

O tempo é deveras de estio, e ofereces-me
tua mão. Minha boca seca dos ventos contra-alísios
de leve te beija na ponta dos dedos.
O que temos são tempos de penúria,

mas ainda temos a chance de renomearmos
e amarmos.
Seja, se isso fizer sentido para poucos.
Tu estás entre os meus amados poucos.
Demos as mãos, nós, os poucos que sobram
à beira do que foi o rio.
E sigamos de mãos dadas, pois o tempo
passa
e não estamos de mãos enlaçadas.

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