familiarmente

os meus estão dependurados nas paredes
soprando sorrisos, mais ou menos solenes

ouço o cacarejar do encanamento
e às vezes ouço até o resfolegar
das raízes verdes nos cântaros

espero pelas preces das paredes,
sem o esboçar de um sorriso
enquanto a água corre
e as plantas prosam.

O dia virá.

até lá
resta
o rumorejar da lareira.



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