contorces-te no sofá entre mulheres semi
desnudas enquanto o relógio arrepia os ponteiros
e eu me finjo sem sentidos já
para que não rias das escaras
que se desenham no meu rosto
dia a dia desde há dois dias e outros
dois
o terror não é da vida nem da morte
o terror é que na vida estejamos mortos
nada mudou e os meus medos os mesmos
os maridos iguais
só as escaras se afundam já nos meus olhos
meio secos
para que não rias do abismo da dor
onde desmaio
acima de tudo para que eu não ria
da dor absurda onde me contorço
entre as mesmas mulheres semi
nuas
e os mesmos homens
sentados no sofá
trinta anos
idos
desnudas enquanto o relógio arrepia os ponteiros
e eu me finjo sem sentidos já
para que não rias das escaras
que se desenham no meu rosto
dia a dia desde há dois dias e outros
dois
o terror não é da vida nem da morte
o terror é que na vida estejamos mortos
nada mudou e os meus medos os mesmos
os maridos iguais
só as escaras se afundam já nos meus olhos
meio secos
para que não rias do abismo da dor
onde desmaio
acima de tudo para que eu não ria
da dor absurda onde me contorço
entre as mesmas mulheres semi
nuas
e os mesmos homens
sentados no sofá
trinta anos
idos
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