Se pecados não há
pecados não houve
e
engorda o sol abraçando-se
aos lençóis da cama
onde dormes sem medo do tempo.
E esboroa-se o pão com tanta manteiga
e borras de bocas de café sobre a bancada
da cozinha
onde à vez batemos
claras em castelos
que se erguem de pedra e cal
e onde nossos verdes filhos trepam
só para seguir subindo
E embalam-se suspeitosos carinhos
sobre a fronte e riem-se
as corolas das flores
pomares na sala de jantar
sem rebentos e sem mesa onde apoiar
as bocas cheias ceias bestiais
gargalhadas intactas
E a seiva eloquente da gente
aninhada gemada
como se o amor só fosse.
Este, porém, sem nunca tê-lo sido
cresce
e de chocolate e morangos
e de leves os ovos
E o sol já
na beirada da janela.
Pecados não hajam bocados de ouro
e brocados de seda bronzeados peitos
e pernas tão fortes
que juro
escreverei apenas o futuro
farto corpulento e tão roliço
que nada mais ouço senão o riso.
pecados não houve
e
engorda o sol abraçando-se
aos lençóis da cama
onde dormes sem medo do tempo.
E esboroa-se o pão com tanta manteiga
e borras de bocas de café sobre a bancada
da cozinha
onde à vez batemos
claras em castelos
que se erguem de pedra e cal
e onde nossos verdes filhos trepam
só para seguir subindo
E embalam-se suspeitosos carinhos
sobre a fronte e riem-se
as corolas das flores
pomares na sala de jantar
sem rebentos e sem mesa onde apoiar
as bocas cheias ceias bestiais
gargalhadas intactas
E a seiva eloquente da gente
aninhada gemada
como se o amor só fosse.
Este, porém, sem nunca tê-lo sido
cresce
e de chocolate e morangos
e de leves os ovos
E o sol já
na beirada da janela.
Pecados não hajam bocados de ouro
e brocados de seda bronzeados peitos
e pernas tão fortes
que juro
escreverei apenas o futuro
farto corpulento e tão roliço
que nada mais ouço senão o riso.
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