meu pobre coração

serei tua podre
verme nojento ser
mais livre que todos
os dias que não tive

matá-las-ei a todas
essas pobres mais
nojentas criaturas
ainda
com que te sujaste
para mim

ah já escrevi sobre este ódio amor maior
que me cai no feminino pois que centro
do meu ser
mulher que sou

agora meio podre
verme nojento ser
mais livre que todos
vós
que a mim não roçam
senão no início da barbárie da traição.
Ah que me não viram ainda força bruta
contando as balas uma a uma
pronta a disparar o gatilho
pelo pescoço talvez
esperando que se me apague
a cabeça antes que o coração note
e se cale, magoado
meu pobre coração
tão maltratado

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