meia hora

quando abro a boca e o vermelho
jorra abrindo raios de luz ardente
e se afogam todos os dias em que
não te verei jamais
sinto meus pés
caminhando lépidos sobre as pedras
rubras a incandescente lava
que lavra a palavra no papel
branco onde a mágoa infinda é feita
de
um
ponto
de
luz
que posso eu dizer-te
quando rubra me arrebento
na voz tão cravo e esse
cheiro de um canto de meia noite
e meia
onde não poderei jamais
dormir?

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