de onde?

pergunto-me de onde me vens com essa luz
que me atravessa e me faz rósea glória
de sol e beijos
de onde saíste tu com essa força que
me faz borboleta gaivota e pena
pescador passarinheiro séria
força bruta de boca fruta e
outras coisas tais que talvez
não fosse capaz
não houvesse esse querer
em ti
que tão simplesmente se faz presente
e eu já indo como oferenda rubra
sem laços que desatar precises
pois já me ofereço nua
como se não houvesse traje
que depois de gala investidura
baile e qualquer coisa dura
que em mim se fará sonho
passe em claro a noite escura
não venha afinal ser palha
fogalha incêndio que a distância não cura

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