Adeus, vou para não voltar

Adeus, disseste, soletrando cada letra
enquanto puxavas o anzol
devagarzinho, rasgando a carne com requinte
limpando os cantos da boca com deleite
metendo-me um anzol em cada poro
por cada sílaba em que te vi
torto
por cada sílaba em que não me ouviste
morro
agora sorris
morres sim
mas ao meu belo-prazer

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