Talvez nunca mais, imagino que não

Talvez nunca mais, imagino que não
que seja para o sempre do eterno nunquíssima
que não há
na língua portuguesa
te amo, te adoro te idolatro no escuro onde não vejo teu rosto
mais
Mas configuro a voz e o linguajar raro
a palavra gíria que evoco sem retorno
e sorrio
entre o rio
de lágrimas ardentes que não chorei
no teu colo
que me balançava
na asa do avião
e te vejo no beijo      dooooooce       do nosso vendaval
que acordou louco tresloucado e vago
vagamente
e tristemente morto.
Mas
te espero ainda
te faço o futuro do sol que nem que seja escura a hora
será bbbbbbbbbbrilhante e profundo como o grito dos meus lábios
perdidos na doçura da tua língua
exata na medida da minha linha da vida
eterna
de nem que seja um dia
novo
nove
horas
de um balanço de um aviãozinho de corda.

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