para que não se arrebentem as barragens

Não me recolho aos meus aposentos
me estendo sobre os teus redondos dedos
pousando o presente sobre mim,
que pulso na inanição forçada
para que não se arrebentem as barragens
e se espalhem os rios sobre as casas
mas apenas sobre mim,
presença inanimada
sobreposta
talvez apenas sombra
sopro
sob os teus dedos
redondos
sobre os meus
aposentos

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