ansiando pela escuridão

ansiando pela escuridão para me perder em teus
lagos, teus braços sem carne que me sustentam
na inevitável solidão
escuto baixinho o turbilhão do querer
azougado infiltrando-se como pó
entre a unha e a carne brecha ínfima
atravessando a placa sísmica.
Enquanto a terra não treme escondo-me
por entre os limos dos teus rios.

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