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Paula Gândara

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na tua

November 13, 2015

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quero comer-te beber-te tragar-te molhar-te de saliva e sal e de novo comer-te
deixando-me
tal qual
mousse
soufflé
suspiro
na
ponta dos teus dedos encharcados
de
tanta boca.

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Casa do Sol

~ English below a felicidade a rodos, um copo de água num dia em que até os pássaros bicam mais vermelhos na manhã onde jogo o milho amarelo torrado cheio do sol com que me deixas como se o sol fosse um ser que assim se dá uma vez por semana a horas marcadas, porque a felicidade todos os dias assusta até aos que nela se banham, olhai para mim meus anjos e vereis o quanto tenho oferecido dessa coisa de luz e de amor e estrela que explode como um anel de luz, de uns tantos mil a um ano ou dois eu sei lá, só sei que como estrela me sinto, um sol no seio do ser que sorri de tal forma arrepiado que te assustas com tanto sentir mas como diria a minha irmã mais querida da vida, se fosse agora eu teria tido acompanhamento psiquiátrico, uma menina que sempre sentiu tudo, sentias tudo demais sempre demais porque ainda sinto demais sinto este sol agora e sou tão feliz por pouco que seja porque nunca soube o que era uma migalha que fosse disso de não ter medo de tocar alguém eu posso tocar-te com

Dessa sopa, quero que comas.

Elevo-me para além das laudas e das luas das odes e odaliscas, para além do além me perco em lugares que não há quem possa sonhar mas que te quero dar, hoje e sempre. Nesse lugar onde o sol e o mar são braços do mesmo corpo meu, difuso e sombreado sem eira nem beira mas que de lá parece fazer sentido, sem medo da luz e nem tão pouco de se afogar, nesse lugar canto a música que em mim se escreve e que aqui translitero para ti, nesse lugar cresce uma estrela monumental de olhos abertos que de longe te fita, viva, ainda e sempre, nesse lugar existe o teu dó, a minha alma e seres que sem serem de mais do que de luz e sombras se fazem em nós uma esplendorosa sopa de sons que imagino, tenha acompanhado a sopa primordial. Dessa sopa, quero que comas.

se eu quiser falar com Deus... in my dreams

in my dreams no one exists and I can tell You all the things that scream of yelling My voice so loud and so low around Your silent laughter Your serious look the steadfastness of a Presence in which I am still and no longer who I am used to know the simple shadow of the corners of Your mouth makes My hand tremble and My lips shake ever so vaguely My God as if not even the wind had sailed through such ravenous gorges and tempestuous seas that is this body of mine where from, one day, the flowers will forever grow to give You what of me will be left. By then my voice will no longer linger through hallways and classrooms By then the warm feeling of the tips of my cold gelid fingers thawing in the fury of a serpent and goddess sinking so quickly into the vastness of Your dark dark hair so very very dark will have been lost forever and ever and ever... The day will have forgotten how I feel Home, for Home, My Heart and My Soul, rests in the darkness of Your hairs mixed with the moss of

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