estranho

estranho a tua ausência por um minuto
e depois outro
e de novo a estranheza
da tua falta, como se fosse para estares aqui
tu que tão pouco sabes dos meus pijamas, das minhas drogas, das minhas escuridōes
bréu absoluto, ido,
penso.
senāo chegares a amar-me nunca, na pele
na tundra
nas entre pernas húmidas e lentas
amar-me-ás melhor?
senāo tiveres que saciar meu corpo perdido
terei fome? como a tua comida sem gula.
apago os teus versos infantis.
só esses. os outros guardo.
temo estranhar a tua ausência
Assim
mesmo sem nada saber da tua cama
ato-me aos lençóis
e durmo,
estranhando a tua ausência.
perfeita.
 

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