e como te perdeste no Alaska

de madrugada não estás e nem tão pouco de noitada
venha a porrada do vento leste e sei lá se te encontrarei
pois entre o norte e o sul não paras e da direita para a esquerda
estarás onde nenhum roteiro te aponta
procuro-te aqui e ali e repentinamente sei
que sei de ti
e como te perdeste no Alaska
salvando-te momentaneamente nos corpos gelados
de quem lá vai e não volta.
gotas de suor invadem-te o rosto claro
pois que derreteste todo o gelo no círculo ártico
mas minhas mãos geladas são apenas o indício de uma morte
ardente a que não sucumbirei.
não deverás salvar-me pois que hoje o sol brilha
ainda assim velarei para que não sues em bica...

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