e quem de vós suportará o espanto da minha dor

e quem de vós suportará o espanto da minha dor
reflectida em branco no espelho das horas?
e qual de vós não sairá porta fora
na ânsia desgarrada de um qualquer plano
que me apague da memória até amanhã de manhã?
e quem ainda não me desejará insano
tremendo no gozo da carne
apesar das diárias horárias impávidas dores
que se aliviam de leve na lágrima silente
noturna
de que te evades?

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