sem palavras

quereria calar o desprezo
que invade escaninhos de nós
peça inusitada de quase ódio
infame desprezo
fumo que cheiro na voz
vazia repetidas as palavras
sem som sem eco
inutéis as palavras
se esvai a imensidão
da saudade que não vejo
pois sem palavra
não me és nada menino
nada

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