Cuida-te dos Brasis
terra onde tudo dá
Tupis araras e tamanduás
cuida-te do pau
que tinta sangue e madeira
rubra fez nossa gente surda
aos apelos de quem por lá penava
entre formigas monstros e
uma ou outra índia
que seus filhos à morte sonegava.
Cuida-te de terras estranhas
iluminadas de mil vozes
de papagaios cantores
e padres em clamores.
Cuida-te de mim
que sou de lá e daqui
e por tanto me fiz
alada quase nada fio
e fumaça desvanecida
na aurora amarga.
E porque não sendo de lá
nem daqui
morro amiúde na agrura
de ir e de voltar.
Cuida-te de mim
pois que não tenho lugar
e se mal te percaltares
perderás raízes e flores
galinhas
mangericão
e Gente
filhos de D. João
que se acabaram em vão
pelos Brasis.
Fia-te de mim
que gritarei de peito aberto
te salvando das ruínas da cidade
invicta, Lisboa antiga
roubada aos Mouros
e de ouros fugida dos meus braços.
Fia-te de mim
Cuida-te de mim
pois que de escravos sobrevi
mas guardando amarras
vivo à deriva sentida
meia morta ensadecida...
terra onde tudo dá
Tupis araras e tamanduás
cuida-te do pau
que tinta sangue e madeira
rubra fez nossa gente surda
aos apelos de quem por lá penava
entre formigas monstros e
uma ou outra índia
que seus filhos à morte sonegava.
Cuida-te de terras estranhas
iluminadas de mil vozes
de papagaios cantores
e padres em clamores.
Cuida-te de mim
que sou de lá e daqui
e por tanto me fiz
alada quase nada fio
e fumaça desvanecida
na aurora amarga.
E porque não sendo de lá
nem daqui
morro amiúde na agrura
de ir e de voltar.
Cuida-te de mim
pois que não tenho lugar
e se mal te percaltares
perderás raízes e flores
galinhas
mangericão
e Gente
filhos de D. João
que se acabaram em vão
pelos Brasis.
Fia-te de mim
que gritarei de peito aberto
te salvando das ruínas da cidade
invicta, Lisboa antiga
roubada aos Mouros
e de ouros fugida dos meus braços.
Fia-te de mim
Cuida-te de mim
pois que de escravos sobrevi
mas guardando amarras
vivo à deriva sentida
meia morta ensadecida...
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